Uma pessoa traduzindo japonês extremamente estressada

Traduzir ou Não Traduzir: É possível Aprender Inglês* sem Traduzir?

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This article is intended for a Portuguese-Speaking audience, but its lessons are valuable regardless of whether you’re Learning English or not. Chat-GPT a Translation!

* O termo Inglês é utilizado aqui, mas os conselhos se aplicam para qualquer idioma.
** Neste artigo, faço uso frequente do termo “Cérebro” entre aspas, querendo dizer “Consciência”.

O objetivo do aprendizado de idiomas é permitir que usemos a Linguagem Fluentemente; isto é, sem necessidade de traduzir primeiro para buscar as ideias e palavras necessárias.

Durante as minhas atuais Aulas Particulares, enfatizo sempre a importância de suprimir a necessidade de tradução, a tendência automática de fazê-la. Porém, me peguei em um certo dia estudando japonês e, apesar de minha experiência, fazendo rápidas traduções. 

Tudo bem que estava utilizando um Deck não otimizado do Anki, que não considera o propósito de ir de ideia à idioma, mas a automática tradução mental me fez refletir. 

Além disso, “Por que não posso Traduzir?” tem sido pergunta insistente de um aluno (sem dúvida, o mais inteligente), e acredito ser excelente tópico para uma discussão mais elaborada.

Este artigo, então, tenta responder a pergunta:

“É possível, para nós que já sabemos um idioma, aprender outro sem traduzir? Se sim, quais são os benefícios, e como proceder?”

Pegue um Chá Verde ou Café, porque vou começar em 2017.

O início da Minha Jornada

um garoto em uma jornada para aprender idiomas!
Já pegou o café? A história é longa

Comecei a estudar seriamente sobre Linguística e Idiomas em 2017, conhecendo o Método do Fluent Forever, que me permitiu dominar Francês intermediário em 4 meses

Este método revolucionário (para mim, da época) enfatizava o Completo Desprendimento de Traduções: não era permitido colocar tradução nem sequer para palavras de conexão e conceitos gramaticais.

Esta filosofia também era ecoada no Método Callan – de origem Britânica, que também abomina a tradução constante, oferecendo aulas extremamente dinâmicas com Inglês contínuo desde o nível um. Metodologia e Livros estes que eu utilizava na Escola de Idiomas em que lecionei por quase 3 anos.

Para o ali iniciante Estudioso dos Idiomas, tendo estas influências, a ideia de que “A tradução é um impedimento / bloqueio” se tornou quase que inquestionável.

Conhecendo outras vertentes

Porém, alguns anos depois, a ideia de jamais traduzir começava a ser uma perturbação profissional. 

Era evidente que, durante as aulas que eu dava e observava, muito tempo era perdido fazendo detours e explicações – eu diria, melhor, teatros 🎭- extremamente complexos e longos, a fim de jamais traduzir uma palavra que o aluno não compreendeu com o primeiro exemplo. 

Quantos minutos de aula foram assim perdidos, e ainda são? Preciosos minutos do tempo escasso de Aluno e Professor.

E o fato é que, apesar de ser Proibido Falar Português durante a Aula para um Professor (assim é o Método Callan raiz), todos meus colegas de trabalho sem exceção faziam isso, confessavam (e espero que a gestora da escola não fique brava de ler isso!).

Ainda me lembro de diversos False Friends, de diversas palavras Complexas que me deparei, e como tinha que me revirar para procurar meia Dúzia de Exemplos…

E quantos alunos compreendiam, depois? Apenas 10% – tema para artigo novo!

Concomitantemente, fora da escola, também comecei a entrar em contato com ideias de outros hiperglotas como Steve Kaufman, criador da ferramenta LingQ, que simplesmente não compartilha da opinião que a tradução não deve ser utilizada. 

Estes Magnatas e diversas outras figuras na internet, principalmente Youtubers, estão utilizando tradução com frequência desde o começo e aprendendo a PENSAR no idioma. Eu já estava Flertando o Japonês na época, e comecei a integrar esta nova realidade ao meu conhecimento.

Agora, com Linguística o Suficiente para colocar um Formado em Letras médio no bolso, eu vou te explicar o que eu Aprendi sobre Tradução.

Porque VOCÊ não pode Traduzir (ainda)

Era uma aula normal e eu notei que meu aluno tinha hábitos diferentes dos meus para Tradução; na verdade, hábitos compartilhados por todas pessoas, digamos, “normais” (fora dos 10%):

  1. Ele usava Tradução como a Principal Ferramenta logo que não entendia uma palavra, motivado por Frustração. Ao não encontrar o que buscava, voltava para o Português;
  2. Ele usava a tradução logo após entender uma frase ou expressão, para Confirmar que tinha Entendido;
  3. Quando não compreendia uma palavra, esperava que eu providenciasse Tradução Imediatamente

Qual a semelhança entre 1, 2 e 3?


Todos motivados pela Frustração (consigo mesmo e com o processo), inabilidade de Tolerar Ambiguidade e, finalmente, Pressa e Inabilidade de Tolerar o Não Saber. 

Anote estes princípios se necessário!

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